quinta-feira, 28 de março de 2013

Conflitos no trabalho

Existem muitos conflitos no seu local de trabalho? Não sabe o que fazer quando estes surgem? Se gostaria de conhecer os vários tipos de conflitos que podem surgir na sua empresa, leia o artigo e esclareça todas as dúvidas.  

A administração de conflitos no trabalho tem uma característica muito interessante: não é ensinada na escola. No entanto, esta é capaz de ser uma habilidade básica para a sobrevivência profissional e tem que ser amplamente praticada. Os conflitos no trabalho ocorrem quando uma pessoa está sujeita a pressões ou expectativas muito elevadas ou inconsistentes ou ainda quando há um choque de personalidades. Quem é que ainda não teve o seu conflitozinho? Quase todos os profissionais já tiveram.
Para por fim a conflitos é necessário ter uma forte capacidade de negociar, de discutir a natureza do problema e não dos sentimentos envolvidos. Até é bom ter de quando em quando algum tipo de conflito. São este tipo de divergências que trazem também a inovação, a melhoria, a vantagem competitiva e o debate de ideias. Assim, eliminar por completo os conflitos não deve ser o objectivo final.
Devia fazer parte do arsenal de qualquer profissional saber lidar com conflitos. Qualquer profissional deve desenvolver a sua capacidade de entender a natureza dos conflitos e rapidamente estabelecer uma estratégia de solução, de maneira a que não fiquem ressentimentos, nenhuma sensação de derrota e muito menos um mau ambiente de trabalho.
Quando surge um conflito no trabalho, muito possivelmente, ele enquadra-se numa das seguintes categorias:

Conflitos Pessoais

Este é o tipo de conflito que diz respeito unicamente a uma pessoa. Pode ser o nosso chefe, um colega ou outro membro da empresa. Neste caso, é melhor não se envolver, cada um com os seus problemas.

Conflitos Interpessoais
Este é o tipo de conflito que envolve várias pessoas de dentro da empresa. É o tipo de mais banal nas organizações e acontece frequentemente.

Conflitos com outros trabalhos

Este tipo de conflito surge quando existem outros trabalhos ou tarefas dentro ou fora da organização, que não possibilitam que o trabalho seja efectuado devidamente. Decerto que já lhe aconteceu e ficou bastante aborrecido com isso. Tenha calma, tudo se há-de resolver.

Conflitos entre necessidades e valores

Este conflito surge quando aquilo que necessita para cumprir o objectivo do seu trabalho entra em conflito com a sua personalidade e os valores que mais preza. É bastante desagradável mas acontece ocasionalmente.

Resolver conflitos

Quando se trata de resolver um conflito, existem diversas maneiras de o abordar e de o gerir. Conheça algumas.

Evite-os

Tente evitar a existência de conflitos. Dê razão à outra parte, mesmo que esta não a tenha, só para que esse conflito não surja. É mas fácil dizer do que fazer, mas faça um esforço para os evitar. Contorne-os, dê-lhes a volta.

Controle-se
Mantenha-se calmo. Não entre em discussões histéricas sobre o assunto em questão. Não se esqueça que a calma é o meio para se conseguir o fim.

Colabore
Tente chegar a um acordo comum entre as pessoas envolvidas no conflito e minimizar ao máximo as perdas para cada lado.
Resolver conflitos significa adoptar uma postura imediata de tentar entender as causas do conflito e conduzir acções para se chegar a um ponto de acordo, aceite por ambas as partes. Se não os conseguir evitar, encare-os de frente, não finja que não existem ou que não o afecta. 

Fonte: http://aeiou.expressoemprego.pt/carreiras/trabalho/conflitos-no-trabalho/4450

sexta-feira, 15 de março de 2013

Saiba quais são os comportamentos mais desagradáveis no mundo corporativo

Recusar desafios mostra que colaborador não está interessado e voltado para o progresso da companhia

No mundo corporativo, os profissionais são constantemente avaliados, seja pelos chefes, seja pelos demais membros da equipe. A avaliação é 360°, ou seja, está sendo observada desde a entrega e relevância do seu trabalho até a forma como você se comporta no dia a dia da empresa.

Quando o assunto é comportamento, a lista de posturas desagradáveis pode se estender por páginas e mais páginas. Aqui, no entanto, listamos aquelas 10 atitudes que o profissional deve evitar ao máximo, de acordo com as sugestões e conselhos do Diretor da Bazz Estratégia e Operação de RH, Celso Bazzola.

Veja 10 comportamentos mais desagradáveis no mundo corporativo

1 - Concorrência de mercado desleal – o primeiro comportamento altamente desagradável no mundo corporativo é a tentativa de autopromoção por meio mecanismos injustos. Exemplo dessa postura é se aproveitar de uma amizade interna com um gestor para que suas ideias tenham prioridade em algum projeto. Utilizar sua equipe como ferramenta de autopromoção também é visto como uma atitude antiprofissional e facilmente identificável.

2 - Recusa em aceitar desafios - as empresas são dinâmicas, o mercado exige pessoas competentes, interessadas e voltadas para resultados. Nesse sentido, desafios serão constantemente propostos e não aceitá-los é confirmar que você não tem interesse no sucesso da empresa.

Bazzola lembra que o pensamento ‘eu não fui contratado e não ganho para isso’ nem sempre é válido. Fazer parte de um projeto novo, mesmo que tenha de trabalhar mais, sem que haja inicialmente um retorno financeiro, pode trazer muitas outras recompensas, sobretudo no que diz respeito ao aprendizado e à experiência.

3 - Denegrir colegas de trabalho – ponto inquestionável, quando o assunto é comportamento desagradável no mundo corporativo. Falar mal de colegas de trabalho tem implicações tão profundas que pode até motivar acusações de assédio moral.

Denegrir a imagem de outros colaboradores mostra imaturidade e comportamento antiprofissinal, comenta Bazzola.

4 – Individualismo – existem dois tipos de individualistas: aqueles que são assim, pois têm problemas em dividir tarefas, ou seja, não desenvolveram tal competência, e aqueles que adotam esse tipo de postura para se mostrar, anunciando em todas as oportunidades que ele é o "faz tudo", que só ele tem capacidade etc.

No primeiro caso, a solução é simples: desenvolva a habilidade de trabalhar em equipe. No segundo caso, é preciso que o profissional entenda que a empresa está voltada para resultados e não para os empregados. Ou seja, é preciso que haja velocidade e o individualista sempre pode travar os processos, então, por mais que você seja capaz de fazer tudo, sua individualidade em excesso vai sempre ser um ponto negativo.

5 - Falta de humildade – o problema da falta de humildade dentro de uma equipe é que esse tipo de atitude geralmente cria conflitos e causa desmotivação.

6 - Ser intolerante e inflexível – esse comportamento mostra que você não sabe receber críticas. De acordo com Bazzola, “profissionais intolerantes sabem que estão errados, mas mesmo assim não estão dispostos a mudar”. Lembre-se de que esse não é o tipo de profissional que as empresas querem.

7 - Não assumir suas falhas - quando um problema ocorre e um projeto, por exemplo, não sai conforme o esperado, todos sabem exatamente onde foi o problema. Tendo isso em mente, não assumir suas falhas, pensando em não abalar sua imagem, não vai ajudar em nada.

A atitude profissional nesse caso é assumir as falhas e sugerir formas de reverter os danos, assim, o colaborador mostra que está aberto.

8 - Expor assuntos confidenciais da empresa – mal intencionado ou simplesmente por falar demais, expor assuntos confidenciais sempre pode colocar o profissional em uma péssima situação dentro da empresa.

Se a estratégia for adotar esse tipo de comportamento para conseguir um espaço ou uma oportunidade no concorrente, saiba que a própria empresa interessada em suas informações não vai avaliá-lo como um profissional.

9 - Não valorizar contribuições de colegas - muitos profissionais simplesmente desconsideram a opinião e as ideias dos demais colegas. Isso novamente gera desmotivação, justamente o que as empresas não querem. Mesmo que uma sugestão exposta não seja do seu agrado, há formas e formas de expressar sua opinião. Portanto, tenha sempre cuidado ao falar e, antes de rejeitar algo, mostre que teve a preocupação de analisar a ideia.

10 - Não ter pontualidade na entrega de compromissos – as empresas contam com seus profissionais e com a entrega dos seus trabalhos. Atrasar-se para uma reunião ou deixar de entregar trabalhos, cuja entrega você já havia confirmado, mostra claro descaso com suas obrigações e também pode dar sinais de incompetência.

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=dmzcxx26t

quinta-feira, 14 de março de 2013

A Personalidade no ambiente de trabalho


Por: Lívio Callado, José Nogueira dos Reis & Soraya Sarah Fakir Coscione

É a sua personalidade que deve estar voltada às exigências, interesses e necessidades de uma empresa, e não o contrário, ou seja, não é a empresa que deve estar voltada ao seu jeito de ser ou de agir.
Toda pessoa de gênio difícil e temperamento agressivo acaba tendo problemas de relacionamento e podendo comprometer o seu desenvolvimento socio-profissional.
É preciso estar satisfeito consigo mesmo, buscar se conhecer, se aceitar, inclusive com suas limitações, se aperfeiçoando, para bem conviver no ambiente de trabalho.

Personalidade no trabalho está relacionada com Competências Pessoais e Profissionais, sejam elas inatas ou natas, que nascem com o individuo ou são adquiridas posteriormente:
Capacidade de calculo
Capacidade de raciocínio
Capacidades criativas
Capacidade de comunicação
de Desenvolvimento Pessoal
de Relacionamento interpessoal
de Mudança e adaptação
de seguir Normas, regras e leis

Destaca-se também que algumas caracteristicas de personalidade podem ser desenvolvidas no local de trabalho, tais como:
Perseverança
Iniciativa
Constância no Esforço
Coragem
Resolução
Organização
Independência
Desejo de Instrução
Assiduidade

Conclusão:
O ser humano é um ser complexo por natureza, ao mesmo tempo que é distinto um dos outros, possuindo características próprias definidas essencialmente pela sua personalidade. Ao mesmo tempo em que é um ser complexo, é também o recurso mais importante e mais “problemático” das organizações, visto que a natureza humana não permite que o individuo dispa-se das características básicas da sua personalidade ao ingressar para as organizações.Deste modo, entender os indivíduos dentro da organização tornou-se o principal desafio dos gestores. Entender o indivíduo é algo difícil e passa por perceber a sua personalidade bem como as suas componentes: Temperamento e Carácter.
A utilidade do estudo da personalidade, não visa apenas identificar os indivíduos mais capacitados para uma determinada função, em vez disso permite que os gestores possam alocar ou posicionar melhor os talentos da empresa, traduzindo-se num maior engajamentodo pessoal. Sem a escolha e correcta alocação de pessoas adequadas pode-se estar fadado ao insucesso.Em suma, entender a personalidade é uma forma de se aliar a uma boa gestão, visto que esta permite perceber com maior profundidade as necessidades dos colaboradores, e como estes se comportam perante a organização. Sem esta, planos e pessoas podem ficar frustadas e consequentemente desmotivadas.

Fontes: http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=4170
http://nogueirareis.tripod.com/id6.html
http://pt.scribd.com/doc/4871834/Personalidade-e-Identidade-nas-Organizacoes

quarta-feira, 6 de março de 2013

Um pouco sobre a história da Psicologia


O objetivo deste texto é refazer, ainda que por vezes através de atalhos, o longo caminho percorrido pelo pensamento humano, na direção da compreensão deste infinito objeto de estudo que é o homem. E como todo caminho, neste também iremos nos deparar com convergências, mãos duplas e obstáculos que poderão nos fazer retornar ou poderão nos oferecer a instigante opção do avanço. Nesse caminhar encontraremos marcos históricos, espaços, datas e personagens importantes.

Como surgiu a Psicologia?

Durante dois mil anos a Psicologia existiu amorfa e indiferenciada, pois estava fundida à Filosofia, e tinha por preocupação embrionária o homem enquanto um ser possuidor de “algo” além de seu corpo material e sensorial. Dessa forma, a primeira grande definição de Psicologia como estudo da alma perdurou durante muito tempo. Contudo, essa é uma definição muito controversa, pois o termo “alma” abre um leque imenso de formas de compreensão, uma vez que os homens nunca deixaram de discutir quando não de disputar, a respeito da natureza, da função e até da realidade da alma.
Refletir sobre a alma suscita questões inquietantes, enigmáticas e infinitas. Por isso, vamos pontuar as transformações sofridas pelo significado da alma, através da própria evolução do pensamento da humanidade. Isso nos dará um suporte necessário para a compreensão do surgimento da Psicologia.

O SIGNIFICADO DA ALMA NOS PENSAMENTOS MÍTICO E PRÉ-SOCRÁTICO

Antes de abordar o pensamento filosófico, é importante ancorar na forma mais antiga de pensamento a que temos acesso. Para tanto, a Antropologia nos oferece, através de suas pesquisas, um retrato de como o homem primitivo concebia a realidade (séc. X a VIII a.C.). O pensamento mítico, que dominou esses séculos, oferece-nos uma “lógica sensível” da realidade. Através das vozes dos poetas e declamadores ambulantes, a história é contada, os fenômenos são explicados, as relações sociais justificadas através dos mitos. São eles que oferecem a primeira compreensão coletiva da realidade. Há muito que se aprender com os mitos; a própria origem da palavra psicologia deriva da mitologia grega (Psyché = alma). A primeira compreensão de alma nos aponta para uma essência que é da natureza do vento e que está numa ligação simbiótica com as forças próprias da vida.
O mundo homérico, em que prevalece o heroísmo, é regido por deuses cheios de vida, força e eterna juventude. O herói morre no momento em que sua alma abandona o corpo. A descrição desse momento é bastante interessante, pois a alma é entendida como a instância responsável pela respiração e pelo movimento do sangue (morrer é sem dúvida nenhuma exalar o último suspiro ou dessangrar-se). Esta essência desprende-se do corpo pela boca ou pela ferida do agonizante, descendo até o mundo dos mortos. No pensamento grego primitivo, a alma está implícita nas concepções de homem e de seu destino. É semelhante ao corpo que habita, embora mais tênue, menos densa… como um sopro. É possível ilustrar essa idéia com dois trechos da Ilíada. O primeiro relata as últimas palavras de Pátroclo, ao ser ferido de morte por Heitor e predizendo a morte deste: “A morte que tudo acaba já o envolve / e a alma abandona seus membros e se vai, voando para o Hades, lamentando seu destino, deixando a força e a juventude…”. o segundo trecho refere-se ao momento em que Aquiles reconhece a alma de Pátroclo, seu grande amigo, a lhe implorar sepultura: “Sepúlta-me logo para que eu passe as portas do Hades…”. ** Sugestão de leitura: Hesíodo (Os trabalhos e os dias, Teogonia) e Homero (Ilíada e Odisséia)
O pensamento mítico não desapareceu com a evolução da intelectualidade. Em nosso cotidiano esbarramos em manifestações míticas, nas diferentes formas de expressão humana. No entanto, o conceito de alma muda de configuração entre os séculos VII e VI a.C.
Esse período foi marcado pelo surgimento de uma forma de pensar racional, matemática, doutrinária, que tinha como base a observação dos fenômenos cotidianos. O homem desenvolve as idéias de movimento e de transformação. Surge o pensamento de que tudo tem uma origem, ao mesmo tempo que é passível de originar.
Tales (625-558 a.C.), Pitágoras (580-497 A.C.), Heráclito (540-470 a.C.), Parmênides(530-460 a.C.), são alguns dos pensadores dessa época, que inserem uma abordagem racional, por um lado buscando um princípio ordenador do universo e por outro desenvolvendo o uso da retórica.
Neste contexto, a alma humana é atribuída com parte da realidade universal, ou seja, se o homem é capaz de respirar, é porque no universo existe ar; se é capaz de pensar, é porque existe a razão. A idéia de que a alma universal e a alma humana co-existem pode ser observada neste postulado de Heráclito. Ele diz: “Assim como o carvão que muda e se torna ardente quando o aproximamos do fogo, e se extingue quando dele afastamos, a parte do espírito circunjacente que reside em nosso corpo perde a razão quando dele é desligada, e de igual maneira recupera uma natureza semelhante a do todo, quando o contato se estabelece pelo maior número de aberturas”.
O pensamento racional estabelece-se com esses pensadores, denominados pré-socráticos; com o século V a.C. adentramos no delineamento da subjetividade humana. O relativismo dos fenômenos, idéias e grandes explicações começam a dominar a expressão da própria consciência humana. Um exemplo de subjetividade: observe as frases dos sofistas – Protágoras (485-410 a.C.) “O homem é a medida de todas as coisas, das que são e das que não são”; Górgias (487-380 a.C.) “Nada existe; ainda que houvesse ser, seria incognoscível; ainda que houvesse e fosse cognoscível, seria incomunicável a outrem”.

O CONCEITO DE ALMA EM SÓCRATES, PLATÃO E ARISTÓTELES

É neste contexto intelectual que surge Sócrates (470-399 a.C.), apontando o próprio homem como a verdadeira matéria realmente digna de estudo, e preocupando-se com este homem numa perspectiva moral. Razão, caráter, justiça, virtude, direito, felicidade, beleza compõem a verdadeira essência do homem, estão dentro dele em estado puro, e podem ser encontradas se esse homem se dispuser a apreender o verdadeiro conhecimento. O método intelectual desenvolvido por Sócrates é muito rico e interessante. Na leitura “A República”, de Platão, é possível apreender o ângulo de sua filosofia. A concepção socrática de alma é inseparável de uma filosofia da sabedoria e engloba necessariamente justiça, coragem, direito, etc. Sócrates aproxima o homem do conhecimento de si mesmo, pois acredita, profundamente, que a atitude de autoconhecimento, de reconhecimento da própria ignorância e da busca determinante do conceito dos fenômenos irá garantir sua firmeza moral.
Esta discussão é continuada por Platão (428-347 a.C.), que nos oferece uma compreensão de alma diferente da de Sócrates e lança um pensamento que dominará durante séculos. Platão divide o homem em corpo e alma, sendo que sua teoria sobre esta é no mínimo intrigante. Para ele, o verdadeiro conhecimento está inserido no mundo das idéias, que faz parte de uma alma já inteligente antes de habitar e se tornar prisioneira do corpo. Nesse sentido, ela é soberana, sábia e dona do verdadeiro conhecimento. Seu intrincado pensamento pode ser reconhecido na leitura do famoso “Mito da Caverna”, encontrado em “A República”. Essa alma é tripartida e apresentada comparada a uma “parelha de cavalos conduzidos por um cocheiro. O cocheiro simboliza a razão; um dos corcéis, a energia moral; o outro, o desejo” (Mueller, 1978 pp 37,8). Demonstrou em sua filosofia que o caráter da imortalidade da alma independe da durabilidade do corpo.
Chegamos a Aristóteles (384-322 a.C.) e a um novo conceito. Com o objetivo de assegurar a harmonia das funções vitais, a alma é a causa e o principio do corpo vivo, e é uma essência presente em “cada indivíduo em particular, desaparecendo com a morte desse individuo. Ela é a mesma em todos os indivíduos de uma mesma espécie porque todos são formados por dois co-princípios básicos: a matéria-prima e a forma-específica, que, unidos, formam a substância do ser” (Severino, 1992, pp 57,8)
Para Aristóteles, a alma assim se define: “Fosse o olho um ser vivo, a visão seria a sua alma: pois a visão é a essência do olho… A alma é no sentido primordial, aquilo por que vivemos, percebemos e pensamos… É com razão que pensadores têm julgado que a alma não pode existir sem um corpo, nem ser um corpo; pois não é um corpo, mas algo do corpo; e essa é a razão por que está em um corpo…” (De anima, II, 2, 414 a 15-20)
Com Aristóteles chega-se ao ponto mais alto da Filosofia Grega.

A IDÉIA DE ALMA NA ANTIGUIDADE E IDADE MÉDIA

Historicamente, entre os séculos III a.C. e III d.C., os romanos apropriaram-se da cultura grega (helenismo), e neste contexto surgiram pequenas escolas, tais como: estoicismo e sua preocupação com a ética, acentuando a vontade humana como capacidade de negar impulsos, objetivando a firmeza da alma: “A morte põe fim à rebelião dos sentidos, à violência das paixões, aos desvios do pensamento, à servidão que a carne nos impõe” (pensamento de Marco Aurélio, livro V); epicurismo e sua preocupação com a ética fundada no prazer, “A alma não se distingue do corpo a não ser por uma maior sutileza dos elementos componentes… à alma cabe difundir a vida pelo organismo e permitir atividades psíquicas, afetivas, intelectuais… condicionadas pela união entre corpo e alma, o que prova a materialidade da alma” (Mueller, 1975 p.54); o ceticismo defendendo que é impossível tentar encontrar o conhecimento; o neo-platonismo, com Plotino: “A alma não está no mundo; mas o mundo está nela; pois o corpo não é um lugar para alma. A alma está na inteligência; o corpo está na alma” (Werner, 1938, p.246); o cristianismo que surge em um momento bastante conturbado, conforme podemos observar nessa descrição feita pelo apóstolo Paulo: “Nós (os cristãos) pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Porém, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (I Corintios, 1). O cristianismo passa a ver a alma do ponto de vista da redenção: “a origem e destino da alma estão ligados às idéias de uma vida eterna, da vitória sobre o pecado pelas obras e pela Graça, e da suprema dignidade da vida em Jesus Cristo” (Mueller, 1975, p.80).
O cristianismo funciona como uma “síntese cultural”, pois ele origina-se como um movimento social e religioso dissidente do judaísmo, incorpora o pensamento grego e romano. Segundo Severino (1992, p.50) “a impregnação dos princípios filosóficos gregos no cristianismo foi profunda e radical… não é, pois, sem razão que se pode afirmar que o Ocidente é filho do racionalismo grego”.
Entre os séculos V e XIV (Idade Média), a igreja exerce um papel de domínio, pois ela toma a responsabilidade de sistematizar e organizar a doutrina cristã, e divulgá-la aos habitantes do Império Romano, com o objetivo de enfraquecer o paganismo romano, contrapor-se ao pensamento grego e impor-se ao mundo judeu. É um período longo, caracterizado por conflito de todas as naturezas. Do pensamento medieval sobre a alma, destacamos Santo Agostinho e São Tomás de Aquino.
Apoiado pelas idéias de Platão, Santo Agostinho (354-430) é responsável por uma grande modificação das idéias ao inserir “no lugar de mundo das idéias, a consciência de Deus, que assume as qualidades prerrogativas da Idéia do Bem” (Severino, 1992, p.59); para Santo Agostinho, a alma está acima da razão, da moral e da ciência. Ela é a realidade primeira, possui diferentes graus e tem diferentes funções, participando não só do mundo sensível, mas também possuindo conhecimentos que não passam pelos sentidos; é capaz portanto de intuições que a colocam em contato com as coisas eternas, em presença da realidade espiritual de Deus.
São Tomás de Aquino (1225-1274), de influência aristotélica, discute a alma de forma tão interessante, que essa discussão é considerada a base filosófica da teologia da Igreja Católica. Vejamos uma breve explicação do complicado pensamento tomista dado por Mueller (1978, p. 99,100): “a alma se caracteriza pela espontaneidade da vida. Se os vegetais germinam e crescem, se os animais nascem, sentem e se deslocam é em função de uma alma sensitiva. Todas essas almas são de natureza inferior. São corruptíveis e morrem com o corpo. A alma humana é de natureza diversa. Não é corpo, mas o ato de um corpo, o princípio de que dependem os seus movimentos suas ações… é incorporal e insubstancial… não se dissolve com o organismo, e o desejo de imortalidade sentido pelo homem se justifica ontologicamente. Situada a meio caminho entre o mundo dos corpos e dos espíritos, a alma humana não está excluída da série de seres imateriais; não faz parte dela, porém, a alma dos anjos”. Entende-se que dessa forma que o sentido não pode se tornar intelecto, pois são ambos fenômenos de naturezas diferentes. Não pode haver sensação sem objeto, ou pensamento sem conteúdo. O dualismo só é superado pela fé, através do poder de Deus.

A ALMA NO RENASCIMENTO E NA IDADE MODERNA

O renascimento vem oferecer ao homem a criação. Nas artes (Michelangelo, Rafael, Leonardo da Vince), na literatura (Maquiavel, Shakespeare, Cervantes, Camões), na ciência (Copérnico, Kepler, Galileu). E a alma, qual lugar ocupava no pensamento do homem? Para responder esse pergunta é preciso falar sobre o filósofo chamado René Descartes (1596-1650)mais do que qualquer outro, ele rompeu com os dogmas teológicos e tradicionais. “Desde Aristóteles, nenhum outro filósofo construíra um novo e influente sistema de pensamento que levasse em conta a soma de conhecimentos que em dois mil anos haviam crescido de modo tão significativo”. (Herrnstein & Boring, 1965, p.581). Esse filósofo simbolizou a passagem do Renascimento para o período moderno da ciência.
Descartes se envolve profundamente com a questão da divisão corpo-alma, presente desde os tempos da dicotomia platônica. Até agora, através dos séculos, a posição que se mantinha era a da soberania da alma sobre o corpo. Descartes introduz o problema do psiquismo no próprio centro de suas preocupações. Na verdade, ele aceita a posição dualista. Mente (ou alma) e corpo são considerados diferentes, mas o que ele discutiu ferrenhamente, angariando ódios, rejeições e queimas de escritos, foi a relação corpo/mente, que passa a ser entendida como sendo uma relação de interação mútua. Para ele, o corpo abarcava todas as funções de sobrevivência, e a mente tinha somente uma função: o pensamento. Com isso, desvia as atenções do estudo da alma em seu sentido abstrato, para o estudo da mente e das funções que ela executa.
A mente possui então capacidade de pensar, e é ela que nos fornece o conhecimento do mundo externo; no entanto, essa mente deve ter um ponto de interação com o corpo. A pergunta era: onde localiza-se a mente? No cérebro, Descartes responde. Mais precisamente na glândula pineal (que é uma estrutura única localizada entre os hemisférios cerebrais). Esta glândula é responsável pelo ponto de interação corpo-mente; não mais que isso.
Da mente originam-se duas espécies de idéias: as chamadas idéias derivadas (geradas a partir da experiência sensorial), e as idéias inatas (as que se desenvolvem exclusivamente a partir da mente, independente de experiência sensorial, e existem enquanto potencial desde o nascimento, enquanto categoria inata do ser).
A partir de René Descartes o desenvolvimento do pensamento foi muito rico, extremamente rápido, e é interessante observarmos a inserção da idéia de “mundo mental” daqui para frente.
A Idade Moderna (séc. XVII e XVIII) caracteriza-se pela força da razão natural. É o projeto iluminista conduzido pelo mais rigoroso racionalismo, com as preocupações voltadas para as questões da verdadeira capacidade de o homem conhecer a realidade.
René Descartes havia lançado grande discussão ao descrever os dois tipos de idéias. Antes de sua morte, já havia surgido na Inglaterra o Empirismo, que pelas mãos de vários pensadores pretendeu discutir o desenvolvimento da mente, e o modo como esta adquire conhecimento. Como representante dessa corrente filosófica, temos John Locke (1632-1704), que resume seu pensamento da seguinte forma: “Suponhamos pois, que a mente é um papel em branco, desprovido de todos os caracteres, sem quaisquer idéias: como será suprida? de onde lhe provem esse vasto estoque, que a ativa e ilimitada fantasia do homem pintou nele com uma variedade quase infinita? de onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento?a isso respondo em uma palavra: da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva o próprio conhecimento. Dessas duas fontes de conhecimento, a sensação e a reflexão, jorram todas as nossas idéias”. Para o empirista, a reflexão não existe sem a experiência sensorial.
O Empirismo irá fornecer a base teórica e metodológica para o nascimento da Psicologia. Enquanto discutia-se filosoficamente a importância dos sentidos na aquisição do conhecimento, a Fisiologia (ramo experimental da Medicina em forte ascensão na época), preocupava-se em entender como os sentidos funcionavam. Este problema do homem, delineado e compreendido a partir da experiência sensorial foi (e é) objeto de intensa discussão.
Ainda nesse período surge uma nova posição, também derivada da grande semente lançada por René Descartes, porém que se opõe radicalmente a John Locke. O filósofo Gottfried Leibniz (1646-1716) propõe um sistema novo de compreensão do ser. Para Leibniz “o homem não é uma coleção de atos, nem simplesmente o local dos atos; a pessoa é a fonte de atos… para conhecer o que uma pessoa é, torna-se necessário sempre consultar o que ela pode ser no futuro, pois todo estado da pessoa é apontado na direção de possibilidades futuras”.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No início do século XIX nasce a Psicologia como ciência, fortemente dominada pelo pensamento empírico, entretanto, virtualmente, todas as teorias posteriores que se desenvolvem dentro da Psicologia parecem ter se originado dessas duas concepções, e, dependendo da matriz filosófica, surgem diferentes posturas de investigação científica. As linhas filosóficas irão definir a prática posterior. Para entendermos a prática é necessário reconhecer a matriz filosófica na qual essa prática se apóia. Desta forma, temos, entre outras, a Psicologia Behaviorista (derivada de uma corrente positivista e que definirá o homem e seus processos psíquicos como um ser primordialmente governado por estímulos do meio), a Psicologia Humanista (derivada da Fenomenologia e do Existencialismo, e que definirá o homem como um ser intencional, dono de seus atos e de sua consciência), a Psicologia Cognitiva (derivada em parte de uma filosofia pragmática, considera o homem em uma perspectiva interacionista, fruto da constante relação homem-meio, sendo este homem considerado como um sistema aberto e em sucessivas reestruturações); a corrente sócio-histórica da Psicologia (derivada do materialismo dialético, considera também o homem numa perspectiva interacionista, privilegiando a mediação do meio), Gestalt (que com certa influência fenomenológica, explora a atenção, a percepção e a tomada de consciência pelo organismo como um todo), Psicanálise, que embora não tenha nascido no seio da Psicologia, caminha junto com ela na sua preocupação com o homem interior.
São diferentes vertentes da Psicologia, que pretendem observar, compreender e trabalhar o homem, no que diz respeito a seus processos psíquicos, à construção de sua inteligência e afetos, a suas formas de ser, atuar e se relacionar no mundo, que nas suas expressões normais ou patológicas, quer na educação, na clínica, na empresa… Aonde quer que o homem esteja atuando.
As vertentes são diferentes a até opostas, mas o foco incide sempre no mesmo homem, que ao ser estudado por outro homem confunde observador e observado, sujeito e objeto, numa trama que se refaz a cada novo suspiro, numa poesia que se reescreve a cada novo ato, numa música que se rearranja a cada novo compasso, criando e recriando as mesmas velhas dúvidas, dores, espantos, alegrias e rancores que fazem parte dele desde sua origem, quando do início de sua viagem por um caminho repleto de convergências, mãos duplas, obstáculos…
Referências bibliográficas
MUELLER, F.L. – História da Psicologia, vol. 89 de Atualidades Pedagógicas, Cia Editora Nacional, SP, 1978.
ROSENFELD, A. – O pensamento psicológico. Editora Perspectiva, SP, 1984.
SEVERINO, A. J. Filosofia. Cortez Editora, SP, 1992.
Coleção “Os pensadores” – vol. ré-Socráticos – Abril Cultural, SP, 1992.

Fonte: http://www.espacocuidar.com.br/psicologia/artigos/um-pouco-sobre-a-historia-da-psicologia

domingo, 3 de março de 2013

O Ambiente de Trabalho

Os colaboradores, por viverem em espaços comuns e terem objetivos compartilhados, precisam uns dos outros, integram-se em uma coexistência contínua. Isso implica o respeito a algumas regras de convivência social ao mesmo tempo em que supõe a observância das políticas e dos procedimentos vigentes no Banco.

Assim, para que o ambiente de trabalho seja, a um só tempo, estimulante e produtivo, diversificado e aberto, e para que a dignidade das pessoas seja preservada, torna-se imprescindível atender às condições a seguir:


Sobre o Relacionamento Interno 

Para sermos respeitados, os outros esperam de nós tratamento justo. Isso significa medir as conseqüências de nossas ações sobre eles, preservar a dignidade alheia e valorizar as diferenças sociais, isto é, afastar as diversas formas de discriminação, declaradas ou dissimuladas, que segreguem ou humilhem1. 

Uma das formas de evitar discriminações diz respeito ao tratamento dispensado aos outros, independentemente do cargo que a pessoa ocupe. A cortesia, a consideração e o respeito mútuo preservam a imagem profissional de cada um dos colaboradores e estimulam a imparcialidade e a cooperação entre eles.

Nesse sentido, os gestores desempenham muito mais do que uma função coordenadora: produzem ações pedagógicas de forma consciente ou não, difundem diretrizes morais com seus atos ou palavras e influenciam por suas condutas – e por seu exemplo – as feições que a Empresa assume aos olhos dos diversos públicos.

De fato, algumas práticas são essenciais para preservar a sinergia entre os colaboradores e promover padrões profissionais, tais como:

PARTILHAR AS INFORMAÇÕES necessárias para o desempenho das funções;

RESPEITAR AS ATRIBUIÇÕES funcionais dos outros e somente contrapô-las em situações excepcionais e por razões imperativas;

COMUNICAR PRÉVIA E DIRETAMENTE ao superior hierárquico dúvidas e sugestões com intuito construtivo;

CUMPRIR AS METAS tendo sempre em vista meios lícitos para alcançá-las e procurar contribuir positivamente para avaliar o quanto são factíveis;

CONFERIR O CRÉDITO respectivo aos trabalhos ou às idéias dos colegas quando forem divulgados;

ABSTER-SE DE COMERCIALIZAR produtos no ambiente de trabalho para não desperdiçar o tempo útil dos colegas ou para não embaraçá-los.


1. A discriminação social se dá quando é criada uma situação de estranhamento, isto é, quando alguém é tratado como se fosse inferior aos outros em função de seus atributos – gênero, raça, cor, preferência sexual, religião, região de origem, classe social, idade, incapacidade física ou mental, estado civil, nível hierárquico ou alguma característica física permanente ou temporária.


Sobre a Segurança

A saúde e a segurança dos colaboradores constituem um valioso patrimônio pessoal e coletivo, razão pela qual são estabelecidas ações sistemáticas de prevenção, controle e monitoramento dos impactos no ambiente de trabalho. Nesse sentido e como mínimo indispensável, espera-se que os colaboradores ajam de forma responsável na execução das tarefas que lhes são afetas, seguindo os padrões de segurança, as normas e as recomendações do Banco, no intuito de não colocar em risco sua própria integridade física, a dos colegas ou a dos bens que lhe são confiados, e ainda:

UTILIZEM CORRETA E SISTEMATICAMENTE os equipamentos para prevenir acidentes e doenças ocupacionais;

RESPEITEM A PROIBIÇÃO de fumar no local de trabalho;

NÃO PRATIQUEM jogos de azar nas dependências do Banco;

NÃO COMPROMETAM seu desempenho funcional sob o efeito de bebidas alcoólicas ou substâncias ilícitas;

NÃO PORTEM, usem ou distribuam drogas ilícitas nas dependências do Banco a fim de não cometer crime, constranger colegas nem prejudicar a própria saúde;

NÃO CONDUZAM dentro das instalações do Banco quaisquer armas nem disponham delas nos veículos de serviço.


Sobre o Assédio 

Os abusos hierárquicos ou as condutas hostis reiteradas agridem e destroem a auto-estima dos subordinados. Elas se traduzem em estereótipos negativos, intimidações explícitas, acusações de natureza étnica, comentários jocosos e depreciativos, contatos físicos indesejados. Ao constranger os colaboradores, tais manifestações os degradam como pessoa e deterioram a coesão organizacional. São, sem dúvida, situações prejudiciais ao bem-estar de todos.

Em conseqüência, é inadmissível:

DESQUALIFICAR PUBLICAMENTE colegas ou subordinados por meio de piadas ofensivas, insultos ou insinuações vexatórias;

TRATAR DE FORMA SISTEMÁTICA e repetitiva os subordinados com desrespeito e rigor excessivo;

AFETAR A HONRA de quem quer que seja – colaborador, cliente, fornecedor, visitante ou qualquer outra pessoa que mantenha relações profissionais com o Banco – por meio de injúria, calúnia ou difamação;

INTIMIDAR OU AMEAÇAR os subordinados para que prestem serviços de ordem pessoal;

COAGIR OU PRESSIONAR colaboradores para filiarem-se a partidos políticos ou para contribuírem com partidos ou candidatos a cargos eletivos;

EFETUAR QUALQUER tipo de comunicação que possa ser considerada discriminatória, racista, obscena ou ofensiva ao pudor, seja entre colegas, seja entre colaboradores e terceiros;

PRATICAR ASSÉDIO2 moral, sexual, político, religioso ou organizacional;

RETALIAR QUEM reporte pelos meios de comunicação competentes a ocorrência de assédio ou de discriminação.


2. Insistência impertinente, importuna e inoportuna, perseguição, abordagem ou pretensão constante em relação a alguém. Na origem do termo, quer dizer uma operação que estabelece cerco com a finalidade de exercer domínio.


Sobre os Conflitos de Interesse 

Para não comprometer a integridade pessoal e profissional dos colaboradores, é essencial que não pairem dúvidas sobre suas decisões e ações. Questões delicadas podem ser suscitadas quando estão envolvidos interesses pessoais, que podem comprometer a imparcialidade. Assim, qualquer conflito de interesses com os do Banco merece ser evitado ou declarado.

A isenção de responsabilidade fica assegurada quando o colaborador:

COMUNICA A SEU SUPERIOR imediato qualquer atividade ou situação que possa vir a afetar suas responsabilidades profissionais ou que possa acarretar conflitos de interesse reais ou potenciais com o Banco;

COMUNICA FORMALMENTE ao superior hierárquico e ao Comitê de Ética eventual desejo de concorrer a cargo de representação política para que ocorra a devida apreciação e anuência;

NÃO POSSUI interesses financeiros ou vínculos de qualquer outra espécie com empresa que mantenha negócios com o Banco ou, caso os tenha, se abstém de participar da contratação do terceiro ou da gestão do contrato para não ensejar suspeita de favorecimento;

ABRE MÃO de relações comerciais particulares, de caráter habitual, com clientes ou fornecedores, salvo transações eventuais que se realizem nas condições usuais de mercado ou que sejam destituídas de qualquer tipo de favorecimento;

DECLARA-SE moralmente impedido de representar o Banco em qualquer transação que envolva parente ou amigo;

DEIXA DE TER atividades que possam interferir em seu trabalho ou em suas atribuições, tendo em vista os melhores interesses do Banco;

NÃO PROCURA influenciar decisões de outras áreas que possam beneficiar terceiros com os quais mantenha algum tipo de vínculo;

NÃO ENTABULA negociação por conta própria ou alheia, em nome do Banco, sem autorização prévia de quem de direito;

NÃO ABUSA das prerrogativas da posição que ocupa, evitando ações que possam gerar benefícios pessoais ou vantagens para terceiros em detrimento do Banco;

ABSTÉM-SE de contratar parentes para trabalhar sob sua direta subordinação e não indica membros da família nem leva outros a indicá-los sem revelar o fato ao responsável pela contratação;

COMUNICA FORMALMENTE ao RH relacionamentos afetivo-amorosos com outro colaborador;

INFORMA ao Banco seu grau de parentesco com eventuais candidatos a postos de trabalho;

NÃO PRESTA POR conta própria serviços a terceiros que tenham relações com o Banco;

NÃO MONOPOLIZA atribuições que a boa gestão costuma dividir;

NÃO FICA INADIMPLENTE em seus negócios pessoais a ponto de tornar-se vulnerável e pôr em risco sua integridade profissional;

DEMONSTRA extremo rigor na prestação de contas referentes a despesas administrativas, tanto próprias quanto de colegas ou subordinados;

NÃO REALIZA empréstimos a juros para colegas nem lhes solicita empréstimos e evita oferecer ou receber aval para a realização de operações pessoais, sempre visando a prevenir situações constrangedoras;

EMPENHA-SE em submeter questões não reguladas pelo presente Código à apreciação do Comitê de Ética;

CONTRIBUI para o sucesso e o aprimoramento das diretrizes morais contidas no Código por meio de variadas iniciativas e em conformidade com os canais de comunicação competentes e reporta eventuais violações aos regramentos legais ou infrações ao presente Código, sendo garantido ao colaborador que ele não sofrerá constrangimento ou represália.

Fonte: http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=clsfhcapm