terça-feira, 20 de outubro de 2015

Cultura Organizacional

Na escola aprendemos que a cultura organizacional é formada pelo conjunto de valores incorporados à empresa durante sua existência. Tais valores são moldados conforme as necessidades e fixam-se a partir das experiências vivenciadas pela organização na solução de problemas referentes a integrações internas ou adaptações externas e refletem a percepção da empresa em sua maioria. Os valores são a base da cultura organizacional, é o que molda e o que define o que a empresa realmente é.

A cultura organizacional é espelho do modo de como a empresa é gerida, como ela conduz seus negócios, como administra sua carteira de clientes e seu rol de funcionários. Pode-se perceber a cultura da empresa também, na divisão do poder decisório – se centralizado ou não, no nível de fidelidade dos funcionários, etc. Uma outra forma de se identificar a cultura de uma organização é através dos hábitos dos próprios colaboradores. Uma empresa costuma selecionar pessoas que possuam padrões iguais ou parecidos com os da empresa, que compartilhem dos mesmos pensamentos, crenças e valores. Por isso que encontramos pessoas que consideramos tão parecidas com a empresa em que trabalham.

Os elementos da cultura organizacional

Nós temos como conhecer a cultura de uma empresa a partir de uma série de elementos que podemos observar e que são repassados aos novos integrantes. Em geral, os elementos mais comuns são:
Valores – Trata-se do que a empresa entende como atitudes primordiais para o sucesso. É tida como a essência da filosofia da empresa e promove o direcionamento comum aos funcionários. Temos como exemplo: a credibilidade, satisfação do cliente, transparência, etc.
Estórias e mitos – São os “contos” que você ouve a respeito de fatos – reais ou não – que ocorreram na empresa, narrados por pessoas mais antigas na organização.
Crenças e pressupostos – Refere-se ao que é tido como verdadeiro pela empresa, as percepções de mundo, que são validadas com o tempo.
Ritos, rituais e cerimônias – São os eventos, em geral, que ocorrem dentro da organização e fazem com que a cultura se torne mais visível. São exemplos: as festinhas de aniversariantes do mês, a premiação de um ou mais funcionários pelo destaque na atividade exercida, etc.
Heróis – Tratam-se das pessoas que fizeram e/ou fazem história dentro da organização através de ações que fortaleceram a mesma. São eles que personificam os valores adotados pela empresa. Podemos citar diversos exemplos de heróis: Antônio Ermínio de Moraes, da Votorantin; Jack Welch, da GE e Ulisses Tapajós Neto, presidente da MASA.
Tabus – É tudo o que tido como não é permitido dentro da empresa. Existem organizações, por exemplo que vetam a contratação de pessoas da mesma família, namoro entre colegas de trabalho, etc.
Normas – São as regras escritas que ditam o comportamento considerado correto pela empresa e que deve ser seguido pelos seus funcionários.
Símbolos – Vão desde o logotipo até a mobília da empresa. A bandeira nacional é um símbolo da República Federativa do Brasil, por exemplo.

Como efetuar uma mudança organizacional?

A cultura organizacional é responsável pelos hábitos e costumes praticados na empresa, e estão arraigados de forma que, muitas vezes, torna-se difícil de serem modificados, sendo essa mudança um desafio aos gestores.
Porém, antes de tudo, nos perguntamos: por que a necessidade de mudar?
Vamos partir da premissa de que a empresa está inserida em um ambiente mutável e sendo assim, em algum momento de sua existência seja necessária uma mudança visando adaptar-se a este “novo” ambiente. Por exemplo, a comunicação interna de muitas empresas deixou de ser feita por meio de memorandos e jornais internos impressos e estão sendo realizadas por meio de e-mails e informativos on-line.
Um outro momento que demandaria um processo de mudança seria na própria modificação interna da empresa. Digamos que seja uma empresa familiar e que o sucessor seja o filho do dono e complementemos que este dono trabalhou durante anos em uma gestão onde a tomada de decisões era centralizada. O filho sucede o pai na direção e consigo traz a vontade de descentralizar as decisões, de delegar o poder aos chefes dos setores e filiais. Muitos vão dizer “isto não dará certo”, outros até darão apoio à iniciativa. Porem, podemos considerar uma atitude corajosa, pois as mudanças vão afetar o modo de agir dos funcionários dentro da empresa e muitos não estão preparados para isto. Portanto, um estudo interno acerca da dinâmica atual da organização é imprescindível para saber como e por onde começar esta mudança para que seu impacto não seja prejudicial ao andamento normal das atividades da empresa. 
Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/cultura-organizacional/21588/

O QUE É CULTURA?

 “Quando dizemos que “simplesmente não falamos a mesma língua”, referimo-nos a algo mais geral: temos valores imediatos ou diferentes tipos de valoração, ou temos consciência, às vezes de maneira intangível, de formações e distribuições diferentes de energia e interesse”. (WILLIAMS, 2007, p.28)


Quando alguém usa a palavra cultura, a que realmente está se referindo?

Cultura [culture] é uma das duas ou três palavras mais complicadas da língua. Isso ocorre em parte por causa de seu intricado desenvolvimento histórico em diversas línguas europeias, mas principalmente porque passou a ser usada para referir-se a conceitos importantes em diversas disciplinas intelectuais distintas e em diversos sistema de pensamento distintos e incompatíveis.

A p.i. é o latim cultural, da p.r. colere. Colere tinha uma gama de significados: habitar, cultivar, proteger, honrar com veneração. Alguns desses significados finalmente se separaram nos substantivos derivados, embora ainda haja superposições ocasionais. Dessa maneira, “habitar” desenvolveu-se do latim colonus até chegar a colony [colcônia]. “Honrara com veneração” desenvolveu-se do latim cultus até chegar a cult [culto]. Cultura assumiu o sentido principal de cultivo ou cuidado, incluindo, como em Cícero, cultura animi, embora com significados medievais subsidiários de honra e adoração. [...] O sentido primordial referia-se, então, a lavoura, isto é, o cuidado com o crescimento natural.

Em todos os primeiros usos, cultura era substantivo que se referia a um processo: o cuidado com algo, basicamente com as colheitas ou com os animais. [...] A partir do S16, o cuidado com o crescimento natural ampliou-se para incluir o processo de desenvolvimento humano e este foi o sentido principal até o início do S19 [...]. Em diversos momentos do desenvolvimento, ocorreram duas mudanças cruciais: Em primeiro lugar, certo grau de adaptação à metáfora, que tornou direto o sentido de cuidado humano; em segundo lugar, uma extensão dos processos específicos ao processo geral, que a palavra poderia carregar de modo abstrato. Naturalmente, é a partir deste último desenvolvimento que o substantivo independente cultura iniciou sua complicada história moderna, mas o processo de mudança é tão intricado, e os sentidos latentes às vezes se aproximam tanto, que não é possível afirmar uma data definitiva.  

No francês, até o S18, cultura estava relacionada ao conceito de civilização. Seu principal uso era, então, como sinônimo de civilidade: primeiro no sentido abstrato de um processo geral de tornar-se “civilizado” ou “cultivado”; segundo no sentido que já fora estabelecido para civilização pelos historiadores do Iluminismo, como uma descrição do processo secular de desenvolvimento urbano. Então, Herder introduziu uma mudança decisiva de uso, escrevendo, a respeito de Cultur: “nada é mais indeterminado que essa palavra e nada mais enganoso que sua aplicação a todas as nações e a todos os períodos”. 

 (Referência: WILLIAMS,  Raymond. Palavras-Chave: um vocabulário de cultura e sociedade. SP: Boitempo, 2007).

E você, quando fala de cultura refere-se a que, afinal? Vamos problematizar? O que é cultura?

Fonte: http://culturadetravesseiro.blogspot.com.br/2015/10/o-que-e-cultura.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+CulturaDeTravesseiro+(Cultura+de+Travesseiro)

Por que investir nas relações interpessoais?

Para muitas pessoas, o trabalho é um importante componente da vida, não apenas no sentido material mas também pelo desempenho das atividades e para o contato social.
O cotidiano do trabalho influi na vida e nas emoções das pessoas. Por isso, as pessoas e as organizações precisam, de alguma forma, proporcionar um ambiente de trabalho agradável uma vez que o bom ambiente influencia a produtividade, e, por consequência, o andamento do trabalho. Assim, alguns fatores tornaram-se fundamentais para a realização do trabalho: o ambiente, o relacionamento, saber como as pessoas se sentem com relação às suas tarefas, enfim, uma visão mais global das pessoas que trabalham. O processo de interação humana encontra-se presente em todas as relações sobretudo no trabalho, e a forma como se dão essas interações influencia os resultados de toda a organização.

Conviver com o outro não é uma tarefa fácil, e conviver com o outro no trabalho sem entender o comportamento de cada um é praticamente impossível. Claro que cada um possui algumas noções sobre o comportamento e as reações de outras pessoas, e até já desenvolveu certa habilidade para lidar com as maneiras diferentes que cada um possui; porém, essas noções são empíricas e nos basearmos apenas no que “achamos” nem sempre é um bom caminho. Quer seja, ao considerar essa interação de pessoas num ambiente organizacional, tem-se que entender que as pessoas não funcionam como máquinas e que o comportamento é diferente do que se espera. Isso porque, quando se está em interação com outras pessoas, o funcionamento de ser de cada um é afetado, alterando o que se poderia chamar de “previsto ou esperado”.
Segundo Moscovici (1994), nas empresas, a interação humana ocorre em dois níveis concomitantes e interdependentes. O nível da tarefa é o que se pode observar, que é a execução das atividades individuais e em grupos. Já o socioemocional refere-se às sensações, aos sentimentos que são gerados pela convivência. Se esses sentimentos são positivos, o nível da tarefa é facilitado, gerando uma produtividade satisfatória. Se, ao contrário, o clima emocional não é satisfatório, a tarefa passa a sofrer os efeitos, que muitas vezes se manifestam com interações de desagrado, antipatia, aversão, etc.
A interação socioemocional pode favorecer o resultado do trabalho e as relações interpessoais. Se os processos são construtivos, a colaboração e o afeto predominam, o que possibilita a coesão do grupo. Caso contrário, o grupo passa a ter conflitos internos. O que se observa é que para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam possuir não apenas competências técnicas para realizar suas funções, mas também competências emocionais.
Na verdade, a comunicação intrapessoal é fundamental na interação com os outros; a forma como cada um se vê, suas motivações, ideologia, influem em cada interação interpessoal. A harmonia consigo mesmo, a autoaceitação e valorização, o bem-estar físico e mental, proporcionam um equilíbrio na relação com o outro. Muitas vezes, as dificuldades que surgem na relação “eu-outro” são causadas pelo não equilíbrio da relação ou comunicação intrapessoal. Portanto, é fundamental o equilíbrio dessa comunicação, para que se possa estar bem com os outros.
Numa organização, a presença de um líder habilidoso é muito importante nesse processo. Ele poderá conduzir sua equipe para o sucesso e, se possui habilidades para lidar com as emoções e com aqualidade de vida, fará a diferença de forma positiva no seu grupo de trabalho.
No trabalho, os indivíduos apresentam sua maneira pessoal de lidar com seus sentimentos e emoções, e essa maneira própria entra em contato com outros indivíduos, que também possuem sua maneira própria. Essas emoções entram em contato diariamente, criando uma atmosfera diferente em cada setor, cada departamento, visto que cada local tem suas características próprias de conduzir seu trabalho, de discutir os problemas, e de como seus líderes lidam com as pessoas. O que facilita ou dificulta essas relações são o autoconhecimento e o conhecimento do outro, que fazem com que se amplie a compreensão de como as pessoas atuam no trabalho.
Em suma, muitas pessoas querem melhorar seu desempenho e alcançar novos patamares. No entanto, poucas fazem algo para transformar a própria vida saindo da zona de conforto e entendendo-se em sua comunicação intra e interpessoal. Essa é uma escolha que, certamente, possibilitará mais conhecimento para potencializar habilidades e ampliação de novas conquistas, com ênfase em relações interpessoais de sucesso no trabalho.
Fonte: http://conexaopenedo.com.br/2013/10/por-que-investir-nas-relacoes-interpessoais/

Relações interpessoais no ambiente de trabalho


Resumo: Este artigo teve como objetivo realizar estudos sobre como as relações interpessoais influenciam nas relações do ambiente de trabalho, bem como entender os aspectos que podem favorecer a harmonia no convívio diário, no qual prevaleçam relações interpessoais mais humanas e justas, privilegiando o respeito à diversidade sócio-cultural de todos os envolvidos no processo educacional. Para tanto, realizamos uma pesquisa bibliográfica com estudiosos da área.

 Atualmente as relações interpessoais estão cada vez mais difíceis. Com o estresse que vivemos ficamos mais intolerantes conosco e com os outros. Talvez este seja o momento de refletirmos um pouco mais a respeito dos nossos sentimentos e atitudes. A cobrança excessiva que fazemos a nós se estende ao outro. Fiscalizamos tanto o que devemos falar ou como agir que colocamos na verdade uma máscara para sermos aceitos e conseguirmos um ambiente de trabalho harmônico.
A convivência humana exige a interação, aceitação, desprendimento e acolhimento. Pois relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo, é abrir-se para o novo.
A partir de diferentes leituras buscou-se obter sugestões de como transformar as relações interpessoais no ambiente de trabalho para transformá-lo em agradável e acolhedor.
No processo de evolução, a necessidade de se comunicar propiciou a construção de relações sociais. Dessa forma a comunicação passou a ser ferramenta fundamental para o aprimoramento das relações cotidianas.
Relacionar-se bem com os outros costuma figurar como qualificação desejável no trabalho, o que pode ser facilmente compreendido ao se calcular o tempo em que passamos nos comunicando com outras pessoas. Relacionamento interpessoal é a ferramenta propulsora das vontades, das expressões corporais, escritas, faladas entre as pessoas. O ser humano necessita se relacionar para buscar e compartilhar a harmonia do grupo.
Para tanto, é possível identificar que a motivação faz a diferença em uma equipe de trabalho, e que é de responsabilidade de cada membro buscar e propor meios que os ajudem a se sentirem satisfeitos e motivados no ambiente de trabalho.
E é nessa reflexão que percebemos a importância das Relações Interpessoais na vida de cada pessoa, pois melhorando nossas relações com o outro compreendemos que cada um precisa ser respeitado de acordo com suas necessidades psicológicas, físicas, sociais.
Precisamos adquirir o autoconhecimento, uma compreensão empática, saber nos colocar no lugar do outro, para aprendermos conviver em grupo, pois o mundo moderno cada vez mais exige essa capacidade de nos relacionarmos conosco mesmos e com o próximo. 
A convivência humana sempre foi um tema desafiante para escritores, psicólogos e profissionais das mais diversas áreas. Falar de relacionamento interpessoal é muito complexo. O ser humano necessita adaptar-se para se relacionar, a harmonia não é somente para com o exterior, mas inicia-se dentro de nós.
As relações interpessoais desenvolvem-se em decorrência do processo de interação social envolvente, como sentimentos positivos de simpatia e atração, provocando o aumento da interação e cooperação, repercutindo nas atividades e garantindo melhor desempenho.
"O objetivo das relações humanas é o aumento da valorização do ser humano, é o aumento do respeito. Procure em cada relação humana ter um enriquecimento pessoal. Evite em cada relação humana ter um empobrecimento pessoal". (SAMPAIO: 2000).
Quando uma pessoa começa a participar de um grupo, há uma base inteira de diferenças que englobam conhecimentos, informações, opiniões, preconceitos, atitudes, experiências anteriores, gostos, crenças, valores e estilo comportamental, o que traz inevitável diferença de percepções, opiniões e sentimentos em relação a cada situação vivenciada.
A maneira de lidar com as diferenças individuais criam certo clima entre as pessoas e tem forte influência sobre toda a vida de um grupo, principalmente nos processos de comunicação, no relacionamento interpessoal, no comportamento organizacional e na sua produtividade. "Pertencer a um grupo não significa ter as mesmas ideias, mas participar da mesma vida". (FRITZEM: 2000).
As relações interpessoais e o clima de grupo influenciam reciprocamente de forma agradável, estimulantes ou aborrecedoras nas atividades desenvolvidas, trazendo satisfações ou insatisfações tanto pessoais quanto grupais.
 Percebemos que as diferenças individuais não são apenas corporais ou intelectuais, que as pessoas são individuais e únicas, é bem verdade que semelhança há entre elas, mas que algo as diferencia umas das outras. Podemos transformar nossa vida tendo a noção de que devemos vivenciar situações e buscar aprimorar nosso aprendizado não só voltado para o eu, mas também, para o global.
O conhecimento da história de vida do outro e o entrosamento entre os indivíduos é de grande relevância para que se possa viver em harmonia consigo mesmo e com os outros, facilitando assim o nosso aprendizado. A troca de conhecimentos nos ajuda no bom desempenho da nossa prática profissional. A interação em qualquer ambiente que seja, nasce da aceitação, desprendimento e acolhimento. No mundo atribulado em que vivemos às vezes não nos damos conta que relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo é abrir-se para o novo.
Uma equipe é formada por pessoas que se ajudam, e todos são valorizados pelas suas capacidades e características. Porém, sabemos que também há pessoas que pensam de forma diferente, pois ninguém é igual a ninguém. Opiniões diferentes sempre vão surgir. Faz parte do ser humano defender aquilo que acredita e por isso se sentir sempre com a razão, tendo certas dificuldades de aceitar a opinião dos outros.
Por outro lado, também é normal que pessoas que comungam do mesmo objetivo, pensem da mesma maneira, se identifiquem e se dêem bem. Da mesma forma, pessoas que têm diferentes pontos de vista podem entrar em conflito como se habitassem mundos diferentes ou viverem harmoniosamente, dependendo de sua capacidade de aceitação.
No entanto, querendo ou não, trabalhamos e convivemos todos os dias com outras pessoas que também são colaboradores da construção da nossa história e sendo assim, temos que nos habituar com o jeito de cada um. Uns fáceis e outros difíceis.
A harmonia no local de trabalho torna este espaço um lugar prazeroso para todos, onde cada um dá o seu melhor e sente-se bem, respeitando os limites e possibilidades de cada um, reduzindo assim as diferenças e somando potencialidades.
No mundo globalizado e competitivo em que vivemos a motivação e o entusiasmo têm sido um grande diferencial para o sucesso. Hoje, precisamos de algo mais do que só a competência técnica, faz-se necessário termos motivos dentro de cada um de nós, os quais, por meio do talento, são expressos de forma a podermos fazer diferente e melhor. O segredo está em sempre fazer da melhor forma e com satisfação.
Para Gilclér Regina a motivação é como um motor em ação, é uma pessoa em movimento e a falta de seu uso atrofia, enferruja. A motivação é a diferença, que faz a diferença e separa as pessoas que dão certo na vida, daquelas que estão sempre reclamando de alguma coisa e ficando para trás.
Segundo Minicucci (2001), "as motivações podem ser entendidas como certos impulsos para certos tipos de comportamento que satisfaçam às necessidades pessoais, seus desejos e aspirações".
As causas que motivam uma determinada pessoa não são necessariamente as mesmas que motivam outras pessoas.
É de responsabilidade de cada membro que faz parte da equipe escolar buscar meios que ajudem a todos na sua adversidade a se sentirem melhores e motivados no ambiente de trabalho. Uma pessoa motivada apresenta melhor qualidade e desempenho em suas atividades.
Um ambiente de trabalho que seja alegre, divertido, cooperativo, cheio de energia, poderá evitar o desânimo e manter a motivação de cada indivíduo em alta no o seu trabalho. Pessoas motivadas que gostam do que fazem, que são curiosas, que estão sempre procurando novos desafios em seu trabalho, acabam sendo mais eficientes e conseguem ter um rendimento maior em seu potencial. Sendo assim, a motivação é importante para mover as pessoas não só para ideais, mas também para sentir a necessidade de querer sempre mais e com maior eficiência para além de seu trabalho e também para a própria vida.

 “Algumas pessoas reunidas transformam-se em grupo quando se verifica que cada indivíduo está afetado pelos outros indivíduos que compõe o mesmo grupo. Dessa forma, os indivíduos reagem com relação aos outros, por meio da interação.” (MINICUCCI, 2013).

Ao se formar o grupo logo surge uma hierarquia de valores e papéis, onde cada um exercerá uma função. Existirão também normas, condutas corretas, sistema de comunicação e até mesmo punições, como por exemplo, se alguém não cumprir o prazo será advertido e poderá correr o risco de ser afastado. 
 Conforme o tempo passa, o grupo no seu ambiente de trabalho, passará a ser mais ligado entre si e as amizades se fortalecerão. Pois o homem precisa estabelecer relações interpessoais com as demais pessoas, sejam elas por afinidade, compreensão, orientação, apoio ou proteção.

Nos ambientes educacionais há diversidade de comportamentos, visões de mundo e credos. Diferentes arranjos familiares e afetivos são cada vez mais presentes. Situações que, por não sabermos como lidar, acabam causando angústias e incompreensões. (FREITAS, 2012).

A escola constitui o ambiente dentro do qual as pessoas trabalham e vivem as maiores partes de suas vidas, pois dão algo de si e esperam algo em troca, seja a curto ou longo prazo. A maneira como esse ambiente é moldado e estruturado, influencia a qualidade de vida das pessoas. Mais do que isso: influencia o próprio comportamento e os objetivos pessoais de cada ser humano, pois trabalhar com um número grande de pessoas é um desafio constante.
Para que o trabalho se desenvolva de maneira amigável, a comunicação é uma ferramenta fundamental, a qual não é feita só por meio de palavras, mas também de gestos, expressões e tonalidades de voz, que nem sempre, coincidem com o que a mensagem pretende transmitir.
 A comunicação conta com cinco elementos prioritários que compõem o processo: a instrução da tarefa, a fundamentação lógica, de acordo com a filosofia de cada uma, a informação propriamente dita, o feedback em relação ao desempenho dos indivíduos e as tentativas de doutrinar os subordinados a se envolverem emocionalmente em seu trabalho o que deve ser dado pelo seu superior.
Trabalhar em equipe pode ser comparado com um time de futebol, onde cada um deve fazer a sua parte visando o coletivo. Numa equipe não há um perdedor ou um ganhador, mas sim todos ganham ou todos perdem. Quando alguém acerta, todos vibram. Todos têm o mesmo objetivo e sabem exatamente para onde vão. Todos conhecem os valores e as limitações de cada um e tentam supri-las. Todos reconhecem nas diferenças individuais uma colaboração, um acréscimo, e percebem que não há razão para criticar ou sentir-se humilhado.
Naturalmente, que em uma sociedade como a nossa, em que fomos educados para competir uns com os outros, para trabalharmos, estudarmos sem pedir ajuda ou sem auxiliar, fica difícil vencer a individualidade. Faz-se necessário um trabalho intenso de conscientização, que demora um tempo para ser assimilado, pois passa pelo autoconhecimento, pela autoaceitação da limitação do outro, pela humildade de admitir que um precisa do outro, e também, pelo desenvolvimento da competência de cada um.
Para um bom resultado do trabalho em equipe, deve haver um sentimento de confiança para criar um clima amistoso e dialógico. No trabalho em equipe, é muito difícil lidar com diferentes personalidades ao mesmo tempo, quando algumas insistem em complicar as coisas por falta de equilíbrio emocional, pela competição, pela insegurança ou pelo desânimo.
Infelizmente, existem pessoas que fazem do trabalho um sofrimento e acham que isso deve ser para todos, fazendo com que o grupo perca harmonia e considere tudo realmente muito difícil.
Todas as relações dentro da escola são refletidas diretamente no rendimento do profissional. Ter boas relações com o grupo de trabalho, com a direção, funcionários e com os alunos é fundamental para que o trabalho seja completo e para que o ato de ensinar seja prazeroso. Se alguma dessas relações não estiver equilibrada, faltará motivação e o trabalho ficará prejudicado.
Cumprimentar, ter cordialidade e trocar informações são atitudes diárias muito importantes para a formação e manutenção das relações interpessoais, além de demonstrar a educação da pessoa que trabalha em um ambiente educativo.
Devemos sempre ter presente que com algumas pessoas estabeleceremos relações de maior ou menor proximidade, mas que seja como for, o respeito e a forma educada de convivermos com uma ou outra deve ser o mesmo.
Muitas vezes, devido às atribuições do dia a dia, nos esquecemos de empregar valores essenciais para manter boas relações com as outras pessoas. Essas atitudes vão se tornando habituais e transformando as relações mais superficiais. As pessoas vão se distanciando, o que contribui para a falta de estímulo e motivação no trabalho, pois o contato com o outro traz segurança e o sentimento de que não estamos sozinhos ou o contrário, que não temos ninguém com quem contar ou confiar.
A dinâmica das relações interpessoais nem sempre é positiva, principalmente entre os professores, onde a competitividade e a falta de comunicação prejudica o andamento dos trabalhos. Às vezes, projetos para a melhoria da aprendizagem, da cidadania, deixam de ser realizados por incompatibilidade ideológica entre os diferentes representantes da escola. Muitos colegas se fecham no seu mundo, impedindo o diálogo. Isso é um ponto negativo, pois o convívio agradável, a troca de experiências e a possibilidade de contar com o outro nos momentos de dúvida e busca de outras possibilidades, acrescenta a educação um caráter mais humanista.
Se as relações na escola, de uma forma geral, não estiverem equilibradas, o professor na sala de aula não fará um bom trabalho, e seu relacionamento com os alunos também poderá ficar comprometido, pois se sabe que o clima da escola, nosso estado de ânimo, transcende as paredes e afeta o comportamento das crianças e jovens com quem estamos trabalhando.
Grande parte dos problemas que um docente enfrenta pode ser proveniente de um ambiente de trabalho hostil, podendo este se tornar ainda mais complicado quando se trabalha com pessoas diversas.
Para manter um bom relacionamento também precisamos entender e respeitar o fato de que as pessoas são diferentes, portanto, pensam e agem, muitas vezes, diferentemente do que gostaríamos, que isso é próprio do ser humano e não nos cabe julgar ou achar seja lá o que for.
Quando os professores, servidores e equipe diretiva de uma escola relacionam-se bem, há grandes chances de se alcançar uma estrutura forte e funcional nesse meio. Para isso se faz necessário um bom entendimento entre todos que compõem a equipe da escola, pois existindo comunicação e respeito tudo funciona melhor.
As normas devem ser elaboradas e discutidas em conjunto, as sugestões dadas pelos colegas serem levadas em consideração e todos usarem a mesma linguagem com seus alunos, o que faz com que eles não se sintam perdidos e sim seguros naquele ambiente.
Portanto, o sucesso de uma relação satisfatória implica em trabalhar com “espírito de equipe”, exigindo esforço conjunto das pessoas, favorecendo a motivação, a cooperação, o afeto e a colaboração entre o grupo visando o crescimento pessoal dos indivíduos com os quais convivemos no ambiente de trabalho.
... relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo, é abrir­-se para o novo, é aceitar e fazer-se acei­to, buscar ser entendido e entender o ou­tro. A aceitação começa pela capacidade de escutar o outro, colocar-se no lugar dele e estar preparado para aceitar o outro em seu meio. Segundo Rocha (2010).

Capacidade de relacionamento inclui autoconhecimento. Quando conhecemos a nós mesmos, aprendemos a nos amar e possivelmente a amar o próximo. Aprendemos a identificar aquilo que nos agrada e passamos a viver em busca daquilo que nos traz alegria.
Sendo assim, quando valorizamos a nossa busca e temos certeza do que verdadeiramente queremos conseguimos viver em paz. E quando alcançamos paz, conseguimos manter o nosso ânimo e coragem para prosseguir. Tornamo-nos pessoas mais compreensivas e generosas, pessoas boas que se importam com o outro. Aprendemos a ter fé e acreditar que vale à pena investir em outro ser humano. Aprendemos a controlar as nossas emoções dominando-as e assim tornamo-nos pessoas equilibradas, que verdadeiramente moderam as nossas atitudes.
Uma boa comunicação e a va­lorização do profissional permitem maior intera­ção e mais cooperação entre os superiores e os demais colegas, por meio da troca de experiências e conhecimentos, possibilitando uma melhor expressão de suas ideias e contribuindo para desenvolver as atividades da equipe de trabalho. 
Ao superior cabe exercer a função de líder oportunizando a cada colega espaços para seu crescimento pessoal e intelectual, servindo, ouvindo e atendendo suas necessidades de acordo com o que realmente precisam e não de acordo com aquilo que muitas vezes pedem. Saber “filtrar” o que lhe chega ao ouvido também é uma característica a ser considerada pelo líder. Muitas vezes, os colaboradores precisam apenas de alguém que os ouça em suas necessidades, não necessitando que o superior tome alguma atitude.
A comunicação entre o grupo de trabalho é de extrema importância, pois através do diálogo resolvemos conflitos e assim tornamos o ambiente agradável. Pois, as pessoas precisam interagir umas com as outras, conversar para que assim seja possível expressar sentimentos e emoções, transmitir ideias e conhecimento.
Contudo, é preciso saber que em certos momentos repensemos atitudes, controlemos nosso estresse e nos demonstremos mais tolerantes. Essas pequenas ações podem contribuir nas relações interpessoais do dia a dia.
Cada pessoa deve ter a liberdade de dizer o que pensa, sente e o porquê, aquilo que gosta e acredita.
Em um ambiente de trabalho saudável, busca-se entender o outro sem julgamentos e cobranças antecipadas, evitando-se conflitos desnecessários. Por outro lado, é importante valorizar as qualidades das pessoas, compreendendo-as e de alguma forma aproveitando isso no ambiente de trabalho, lembrando que ninguém é perfeito, e estamos em constante evolução, mas que a soma das potencialidades individuais pode levar a equipe a ter sucesso.
As palavras têm poder sobre nós, por isso temos que ter cautela na forma de usá-las, quando ouvimos coisas boas, como um elogio, ficamos felizes e usamos esse sentimento e essa energia boa nas nossas atitudes e ações do dia a dia em nosso trabalho. Da mesma forma, quando alguém nos ofende nos magoa, agimos de maneira grosseira, faltando com educação com pessoas que não precisam e nem tem nada a ver com o acontecido.
Sendo assim, as pessoas acabam agindo de acordo com o conjunto de características que as cercam (espaço físico ou social). Mas quem faz o ambiente são os seres que nele convivem, e cada um atrai aquilo que transmite.
Segundo Moscovici (1994), a interação humana ocorre em dois níveis concomitantes e interdependentes. O nível da tarefa é o que podemos observar, que é a execução das atividades individuais e em grupos. Já o socioemocional refere-se aos sentimentos que são gerados pela convivência.
Se esses sentimentos são positivos, o nível da tarefa é facilitado, gerando uma produtividade satisfatória. Se, ao contrário, o clima emocional não é satisfatório, a tarefa passa a sofrer os efeitos, que muitas vezes se manifestam com interações de desagrado, antipatia, aversão, raiva, etc. A hostilidade e as condutas agressivas têm sua origem na raiva, emoção frequente que nem sempre se apresenta de forma clara no ambiente de trabalho. A raiva pode manifestar-se de maneira camuflada, sob a forma de queixa, falta de cortesia, postura competitiva, ironia e inveja ou expressões faciais.
A interação socioemocional pode favorecer o resultado do trabalho e das relações interpessoais. Se os processos são construtivos, a colaboração e o afeto predominam isso possibilita a coesão do grupo. Caso contrário, o grupo passa a ter conflitos internos.
A afetividade tem valor importante no espaço de convivência de pessoas. É ela uma impulsionadora da consideração pelo outro, do agrado, do bem querer, de cuidado com o outro.
O que se observa é que para trabalhar bem, e em grupo, as pessoas precisam possuir não apenas competências técnicas para realizar suas funções, mas também competências emocionais. Precisam perceber o seu eu em relação ao eu do próximo e em como acontece essa interação.
O ato de saber colocar-se no lugar do outro é uma qualidade indispensável, e que, só uma pessoa madura é capaz de exercitá-la.
   Vemos que a realização eu é fundamental na interação com os outros; a forma como eu me vejo, minhas motivações, ideologia, influenciam em cada interação interpessoal e determinam comportamentos. A harmonia consigo mesmo, a autoaceitação e valorização, o bem-estar físico e mental, proporcionam um equilíbrio na relação com o outro. Depende do meu ponto de vista para equilibrar e suavizar o clima do ambiente profissional, pois é ali que se passa a maior parte da vida e para tanto, este lugar deve ser cuidado, cuidar do eu, de quem faz parte dele e das relações que se estabelece.
   A qualidade de vida no trabalho não resulta apenas de bons salários e compensações, mas um grande diferencial é o tratamento humano que valorize a gentileza, a cordialidade, a possibilidade de expressar os pontos de vistas divergentes, utilizando-se do respeito, do relacionamento sincero, colocando-se no lugar do outro, em posição de humildade, estar sempre atento ao seu comportamento e ao do outro. Isso facilita a percepção e descoberta de atitudes que necessitam ser revistas e aprimoradas. Para que isso aconteça é importante a análise pessoal e tomada de consciência.
   Em determinados ambientes de trabalho, é possível encontrar pessoas que ali estão, mas que de certo modo não tentaram possibilidades de novos trabalhos e permanecem no lugar, insatisfeitas ou não se encontrando naquilo que realizam, sendo que existem tantas e novas oportunidades no mercado de trabalho.
É necessário pensar, avaliar e ver até onde vale a pena aquilo que realiza. Pois de nada resolve reclamar de salários, se não sai em busca de aperfeiçoamentos e condições de vida melhor. A qualidade de vida depende do sujeito querer, escolher e mudar. Às vezes, não precisamos de vários cursos, mas precisamos de coragem para mudar. E quando, uma porta se fecha, nasce uma possibilidade nova, uma janela abre-se, e aí percebe-se quanto tempo se perdeu, vendo os resultados adquiridos pela mudança.
   Relacionamento interpessoal é uma arte. A arte de se dar bem com os outros, e de obter e conservar a cooperação e a confiança dos membros do grupo.
 As relações que se desenvolvem entre as pessoas dependem das atitudes, da personalidade de cada um e de uma escala de valores. Pois se olharmos todos os setores da vida moderna, verifica-se que o homem não pode viver nem trabalhar sozinho. Dessa forma, busca cada vez mais a harmonia na convivência dos grupos de trabalho.
O ser humano é eminentemente social, necessita da interação com seus semelhantes e para obter esse bom entrosamento é importante estabelecer vínculos duradouros de confiança, equilíbrio e segurança, respeitando opiniões, explicando decisões, respeitando sentimentos e emoções alheias, dando liberdade de pensamento, etc.
Um ambiente acolhedor e social e dirigido democraticamente, sem exclusão ou desqualificação de ninguém, articula os interesses e as necessidades de todos.
Cumprimentar, ter cordialidade, educação e saber trocar informações são atitudes diárias muito importantes para a formação e manutenção das relações interpessoais. Devemos estar cientes de que com algumas pessoas estabeleceremos relações de maior ou menor proximidade, mas que seja como for, o respeito com que convivemos com uma ou outra deve ser o mesmo.
Numa perspectiva voltada exclusivamente para o âmbito educacional, no qual estamos inseridos e foi o objeto de estudo que motivou a produção do presente artigo, cabe destacar o papel do profissional educador, que tem o compromisso de primar por relações interpessoais que visem à afetividade, o amor pelos colegas e alunos dentro da escola. Dessa maneira teremos a possibilidade de humanizar o contexto escolar para que nossos alunos cresçam em um ambiente que propague amor e onde haja a valorização do ser humano.
Contudo, sabemos que em qualquer ambiente de trabalho as relações precisam ser positivas para um bom rendimento do profissional. Nas escolas, em decorrência de muitos problemas existentes na educação, muitas vezes, o que encontramos são professores e funcionários desgastados e estressados. Esses fatores podem tornar as relações entre as pessoas superficiais e gerar um afastamento entre os próprios colegas de trabalho.
Porém, se as relações na escola, de uma forma geral, não estiverem boas, o professor na sala de aula não fará um bom trabalho, e seu relacionamento com os alunos também poderá ficar comprometido.
O ambiente onde existe uma relação de confiança e respeito torna-se alegre e motivador. Faz com que o grupo enxergue a escola como um local importante e sinta prazer em permanecer lá durante alguns anos da sua vida. Por vezes, basta apenas um olhar, um sorriso, para que as pessoas sintam-se bem.
O diálogo e a interação entre a equipe e demais colegas de trabalho deve acontecer sempre. Todos devem ter a oportunidade de participar das discussões e tomada de decisões, pois existindo comunicação e respeito tudo funciona melhor.
Portanto, entende-se as relações interpessoais como uma disposição interior, uma aceitação do outro que transparece no modo de falar, de olhar, na postura e, sobretudo, na forma de agir. Precisamos perceber o seu eu em relação ao próximo e como acontece essa interação. Saber conviver, interagir e se comunicar com as pessoas é fundamental para a harmonia e a melhor qualidade de vida no ambiente de trabalho.

Fonte: http://www.ijui.com/artigos/71323-relacoes-interpessoais-no-ambiente-de-trabalho.html

Como ser resiliente no ambiente organizacional?


Diante de tanta competitividade, instabilidade econômica e cobrança por resultados no cenário corporativo, o profissional é provado a manter o equilíbrio emocional. Todavia, para enfrentar todas essas adversidades, ele precisa desenvolver uma competência que tem conquistado cada vez mais espaço no meio organizacional e chamado a atenção da área de Recursos Humanos: a resiliência.
Identificar o problema, encarar a situação, ter uma iniciativa assertiva e manter uma postura confiante para se sobressair em meio às dificuldades são alguns dos comportamentos pertinentes ao profissional resiliente. Dessa forma, a atitude dele em relação às adversidades é que vai fazer a diferença para o seu sucesso na resolução do problema.
De acordo com Ricardo Piovan, consultor organizacional, palestrante e autor do livro "Resiliência - Como superar pressões e adversidades no trabalho", lançado recentemente, o departamento de Recursos Humanos tem um papel fundamental no processo de resiliência nas organizações. "É sua missão proporcionar o desenvolvimento desta habilidade nos colaboradores das empresas, seja através de treinamentos, palestras ou leitura de livros", comenta. Em entrevista ao RH.com.br, Piovan também apresenta os princípios para o desenvolvimento do comportamento resiliente. Aproveite para refletir acerca do assunto e faça uma boa leitura!
RH.COM.BR - O que significa resiliência nas organizações?
Ricardo Piovan - Antes de definirmos resiliência nas organizações vamos falar sobre o conceito de resiliência. Esta palavra ainda nova para os ambientes corporativos originou-se na física, sendo a propriedade que alguns materiais têm de acumular energia, quando submetidos a um esforço e, cessado o esforço, retoma ao seu estado natural, sem sofrer deformações permanentes. Veja o caso de uma vara utilizada no salto de altura: quando o atleta toma impulso para saltar, a vara curva-se, acumula energia, projeta o atleta sobre o obstáculo e depois retorna ao seu estado normal sem deformações.
A psicologia tomou emprestado este termo para definir pessoas que sofrem pressões e adversidades e mesmo assim conseguem manter-se em um estado normal, não se permitindo "quebrar" diante de tantos problemas e desafios do dia moderno.
Em minhas definições vou um pouco mais longe neste processo. Defendo que pessoas resilientes são aquelas que sofrem crises, enfrentam mudanças ou situações de forte estresse e conseguem "dar a volta por cima", transformando sofrimento em competência.
Agora se lembre de quanta pressão, adversidades, desafios e busca de resultados sofremos no nosso dia a dia no ambiente corporativo. Tudo isto aliado a um chefe autoritário e confuso. Muitas pessoas iniciam um processo de quebra, não aguentando tanto estresse. Uma pesquisa da International Stress Management Association (ISMA), entidade presente em vários países, demonstra que 82% dos profissionais brasileiros apresentam ansiedade em vários graus, como: dores musculares, sentidas em 96% dos entrevistados; angústia, por 78%; momentos de agressividade, em 52%; e problemas gastrointestinais, em 32%. Esses números evidenciam que os profissionais brasileiros necessitam desenvolver a habilidade da resiliência; isto é, sofrer pressões e adversidades, pois elas são inevitáveis, e mesmo assim continuar a dar resultados positivos, ficando em seu estado normal.
RH - Qual o perfil do profissional que apresenta tal competência?
Ricardo Piovan - Um dos perfis que acredito ser de grande valia vem de encontro com a emblemática frase de Kelly Young "o problema não é o problema, o problema é a atitude em relação ao problema". Minha leitura em relação a esta afirmação de Young é que a pessoa resiliente tem consciência de que sua vida será uma sequência de altos e baixos, uma verdadeira montanha russa onde existirão momentos de sucesso e êxtase, mas haverá momentos difíceis onde as dificuldades apareceram; tudo isto, tanto na vida profissional quanto na vida pessoal.
O que difere o profissional resiliente do não resiliente são as atitudes em relação aos problemas, a atitude em relação aos vales da montanha russa. A principal característica deste profissional é a ação assertiva. Ele não foca no problema, e sim na solução dele. Pessoas sem esta competência tendem a ficar com raiva da adversidade, impedindo enxergar as possíveis soluções e outras pessoas tendem a entrar na tristeza ou no medo, sentimentos que paralisa a ação. O profissional resiliente não permite entrar nestes sentimentos e com isto toma decisões e parte para a ação.
RH - Qual a importância da resiliência no mundo organizacional?
Ricardo Piovan - A palavra de ordem nas empresas hoje é resultado e na maioria dos casos resultado é fazer "mais com menos". Hoje o profissional tem que ser polivalente, cobrar o escanteio, correr e fazer o gol de bicicleta. São várias as reuniões que participo no qual temos que apresentar o andamento de algumas metas que foram estabelecidas e ao final da reunião temos duas ou mais metas estabelecidas para serem cumpridas. Agora alie tudo isso à crise global que estamos vivendo; é muita pressão e adversidade junta e o profissional tem que se manter inteiro, continuando a dar resultados positivos.
RH - Há algum recurso que auxilie o desenvolvimento da resiliência nas pessoas?
Ricardo Piovan - No livro apresento vários recursos, nos quais chamo de princípios, para a pessoa tornar-se mais resiliente. Uma delas é muito simples e prática, trata-se da consciência do sequestro da amídala.
Quantas vezes em nossos ambientes de trabalho já tivemos reações impulsivas das quais nos arrependemos depois? Seja pedindo demissão após um feedback ofensivo de um gestor ou uma discussão nada produtiva, que passa dos limites, em uma reunião, desmotivando totalmente nossa equipe. Em muitos momentos nos falta a tão famosa, mas pouco utilizada, inteligência emocional. De acordo com Daniel Golleman, há uma explicação neurológica para esse comportamento agressivo, mediante situações desagradáveis. O cérebro humano foi formado de baixo para cima, isto é, as primeiras estruturas do cérebro iniciam na parte de baixo e com a evolução outras ramificações foram formadas até chegar ao topo da cabeça. Os homens das cavernas tinham apenas a parte inferior formada e nela há uma estrutura pequena chamada amídala, onde ficam armazenadas nossas emoções boas e ruins. Assim que nossos antepassados ouviam ou viam algo, esta informação era enviada à amídala que determinava a reação dele. Ou seja, se aparece um animal, a amídala dava a ordem: "Fuja" ou "Ataque-o"; a amídala dava uma ordem emocional, por impulso, sem questionar muito a situação.
RH - E em relação ao homem moderno, o que muda?
Ricardo Piovan - Já o homem moderno, além de ter a amídala, também possui uma estrutura próxima à testa chamada neocortex que comanda nossas ações racionais, é a parte pensante do cérebro, isto é, questiona e pensa a melhor forma de executar alguma tarefa. Segundo Golleman, o problema é que a informação chega primeiro à amídala e apenas depois chega ao neocortex. Portanto, se o que está acontecendo no ambiente externo é muito intenso, a amídala pode dar o comando de "Fuja" ou "Ataque" antes que o neocortex diga "calma, vamos montar um plano de ação para resolver este problema mais assertivamente". Este processo chama-se "sequestro da amídala", onde ela não permite que o neocotex aja. Acredito que uma pessoa resiliente consegue desativar o sequestro da amídala, não permitindo reações impulsivas, elas fazem aquele famoso "contar até dez", para que a informação chegue ao neocortex e seja processada racionalmente, não permitindo assim cometer excessos que fatalmente serão catastróficos para uma solução eficaz. Eistein já dizia: "um problema não pode ser resolvido no mesmo estado emocional que ele foi criado ou descoberto".
RH - De que forma a resiliência pode ser trabalhada no ambiente corporativo, em meio à instabilidade econômica que atinge cada vez mais as organizações?
Ricardo Piovan - Como diz a música de Lulu Santos "na vida tudo passa, tudo sempre passará, a vinda vem em ondas como mar...". A simples consciência dessa frase, aliada a muito trabalho assertivo, já é suficiente para passar por esta fase. Veja a história dos Estados Unidos: uma grande depressão econômica em 1929. Findo este processo, um grande crescimento; nova crise do petróleo em 1981, mais um grande processo de crescimento e 2008, mais uma crise.
RH - Qual o papel do profissional de RH para o desenvolvimento da resiliência no ambiente corporativo?
Ricardo Piovan - O profissional de RH tem um papel fundamental neste processo. É sua missão proporcionar o desenvolvimento desta habilidade nos colaboradores das empresas, seja através de treinamentos, palestras ou leitura de livros. Estes profissionais devem introduzir a resiliência no hall de competências a serem desenvolvidas pelos funcionários das organizações. Note que em todo momento temos medo, tristeza e raiva, gerando paralisações nas tomadas de decisões ou atitudes impeditivas que nos arrependemos depois. Portanto, buscar o equilíbrio emocional para estes momentos é fundamental para o sucesso do funcionário e consequentemente da empresa.
RH - No livro "Resiliência - Como superar pressões e adversidades no trabalho", lançado recentemente, o Sr. destaca fatores para o desenvolvimento do comportamento resiliente. Quais seriam esses princípios?
Ricardo Piovan - Vamos na sequência: ter consciência de que dificuldades fazem parte da vida e é preciso conviver com elas; compreender a natureza humana e buscar o contato com seu Eu Superior; persistir lutando para superar as adversidades; encarar o problema, tomar as decisões necessárias e investir energia para solucioná-lo, e por fim, entender que as dificuldades da vida nos tiram da zona de conforto e proporcionam crescimento.
RH - Quais as possíveis adversidades que o profissional encontrará para a execução desses princípios?
Ricardo Piovan - A principal adversidade é a não consciência dos comportamentos limitantes. De acordo com Freud e Young, o ser humano, em média, consegue observar e controlar apenas 10% do seu comportamento, sendo que 90% está submerso no inconsciente, impossibilitando que ele visualize seus pontos de melhoria. No primeiro princípio do livro eu divido as pessoas em reativas, submissas e proativos e possibilito ao leitor fazer um teste para se enquadrar em uma das pessoas. Quando o teste mostra que ela é reativa - um comportamento de pessoas nada resilientes -, por exemplo, as pessoas começam a contestar o teste, dizendo que não tem fundamento, questionando cada um dos dados. Pois bem, só este comportamento agressivo já demonstra por si só que a pessoa é reativa, mas ela não percebe, ela nega este comportamento e com esta negação não há o processo de desenvolvimento para uma pessoa proativa.
Neste caso, sugerimos que a pessoa deixe o resultado em stand by e converse com pessoas ligadas ao seu convívio e questione com eles cada questão do teste, objetivando a conscientização do comportamento limitante. Uma frase de um autor desconhecido diz "Deus nos fez de um modo que não vemos nossas costas, aos outros está reservado vê-las, portanto leve em consideração o que eles veem". As outras pessoas veem os nossos 90%.
RH - Ao elaborar essa obra, qual foi o seu principal objetivo?
Ricardo Piovan - O principal objetivo foi demonstrar que a resiliência não é uma característica reservada a seres humanos privilegiados. A resiliência é uma habilidade e, como tal, pode ser aprendida e desenvolvida por qualquer um de nós. Através da consciência de comportamentos limitantes existentes em cada ser humano é possível passar por um processo de transformação e incorporar a resiliência na nossa vida profissional e pessoal.
RH - Qual foi o público-alvo do seu trabalho?
Ricardo Piovan - Procurei direcionar o trabalho para o ambiente corporativo em geral, tanto para empregadores como empregados ou profissionais liberais, pois como convivo com esse público diariamente, percebi a necessidade de iniciar um processo de conscientização de que podemos passar por pressões e adversidades com desgastes menores do que temos hoje. Mas como digo em minhas palestras comportamentos são repetitivos. Portanto, não tenha dúvida que a pessoa que não tem resiliência no trabalho também não tem resiliência na sua vida pessoal; logo, um processo de transformação no trabalho traz benefícios para a vida pessoal também, pois o ser humano é integral.
RH - Que conselhos o Sr. daria a quem busca desenvolver a resiliência, mas sente dificuldades?
Ricardo Piovan - Resiliência está ligada a comportamentos, e estes se melhoraram através da conscientização de atitudes limitantes, conforme já falamos. Existem várias formas de buscar a revisão comportamental que vai desde um auxílio psicológico, em caso extremo, até a participação em treinamentos de focam os comportamentos humanos. O feedback é outra ferramenta importantíssima neste processo. Empresas que aplicamos treinamentos de feedbacks 360º melhoram profundamente a resiliência, pois todas as pessoas contribuem para o aperfeiçoamento comportamental do outro. Para fechar, me lembrei de uma frase de Peter Drucker: "As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos". Portanto, nada mais justo do que buscarmos o conhecimento para sermos mais resilientes.
Fonte: http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Entrevista/5816/como-ser-resiliente-no-ambiente-organizacional.html#

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

INTRODUÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS (Projeto de pesquisa, TCC e artigo científico)

COMO ESCOLHER O TEMA DO SEU TCC

Aprenda a fazer o seu TCC

confira maneiras se tornar mais resiliente no trabalho

Especialista lista comportamentos essenciais que ajudam a superar pressões, frustrações e adversidades diárias

Top 5: confira maneiras se tornar mais resiliente no trabalho Carlinhos Rodrigues/Agencia RBS
Há situações em que simplesmente estourar plástico bolha não é suficiente, não é mesmo?

Foto: Carlinhos Rodrigues / Agencia RBS

Não há mais dúvida de que a resiliência é um fator essencial para o bom desempenho profissional. Mas, afinal, o que é isso? Ser resiliente não é o mesmo do que ser resistente. A pessoa resiliente também é resistente, mas é mais do que isso: ela dá um passo além, lida de forma positiva com traumas, perdas e graves adversidades e consegue melhorar como pessoa e profissional,transformando as situações de estresse em aprendizado e não em sofrimento ou dor.
Quem explica é Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association do Brasil (Isma-BR):
– No mercado de trabalho, quando algúem resiste a uma força usando a estratégia para lidar com aquela situação, não há dúvida de que se trata de uma pessoa resiliente. O resiliente sempre ressurge diferente – define.
Para a especialista, trabalhar a ferramenta nos atuais trabalhadores e nos profissionais do futuro é fundamental.
– A tendência é que a pressão do mercado de trabalho só aumente. É um caminho sem volta. Ou seja: temos de ensinar as pessoas a serem mais resilientes, tempos de prepará-las para que saibam lidar com as demandas diárias sem adoecer. E que assim consigamos mudar uma realidade: o aumento de 28% em um ano no número de afastamentos por estresse, de acordo com dados da Previdência – diz.
Em entrevista para ZH, Ana Maria elencou cinco características que podem ser trabalhadas individualmente para ajudar os profissionais a lidar com as pressões diária e a "transformar o limão em limonada". Porém, alerta, nada disso funciona se a pessoa não tiver dois pontos fundamentais desenvolvidos: alta autoestima e autocontrole:
– Acreditar em si mesmo, aceitar erros e fracassos são fatores vitais para ser resiliente. Bem como não se deixar manipular pelo comportamento de outros ou pelas circunstâncias das situações. Esses são os primeiros passos. Sem isso, não é possível desenvolver o conceito de uma forma ampla e plena – alerta.
Confira abaixo a listagem:
1. Seja flexívelÉ a capacidade de adaptação das pessoas. Se um objetivo dela não funciona, ela tem a capacidade de mudar para o plano B, tem a capacidade de se estruturar e crescer em consequência desta mudança e não sofrer em função dela.
2. Seja criativoSe a pessoa não pode ter aquilo que ela gostaria (como uma posição de mais destaque do trabalho, por exemplo), trabalhar a criatividade ajuda ela a se organizar para ter aquilo que não pode ter. Muitas pessoas ficariam deprimidas, mas o resiliente se foca em algo que ajude a mudar a situação, como um curso de especialização ou sendo mais pró-ativa e prestativa com o grupo que ela quer liderar.
– Posso canalizar a minha vontade de uma forma que me engrandeça e não me encolha – ensina Ana Maria.
3. Tenha objetivos definidosA curto, médio e longo prazo, tenha planos. E gratifique-se com as conquistas, em vez de focar a atenção nas frustrações. Ao contrário disso, foque em meios de compensar o que deu errado, preparando-se para lidar com a situação em vez de sofrer com pensamentos do tipo: "por que isso está acontecendo comigo"? Para evitar sofrimento desnecessário, foque na situação, em como vai lidar e sair dela, e não nas emoções ou nas suas reações.
– Metas definidas ajudam a pessoa a ter foco, evitam que ela fique perdida durante o caminho. Porém, metas muito rígidas também prejudicam. O ideal é a flexibilidade – diz.
4. Preste atenção no seu corpoFique consciente dos seus limites físicos e não perca de vista as reações fisiológicas e emocionais que o corpo dá para evitar desconforto e dor.
5. Cultive boas relações e o que faz você felizNão deixe de lado os relacionamentos afetivos, amorosos e a família. Procure conversar, jogar conversar fora, ser relaxado e, principalmente, ser feliz.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/empregos-e-carreiras/noticia/2014/06/top-5-confira-maneiras-se-tornar-mais-resiliente-no-trabalho-4515560.html

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Percepção

A percepção é a função cerebral que permite ao indivíduo organizar e interpretar as impressões sensoriais, de forma a atribuir significado ao meio envolvente, a partir de um histórico de vivências passadas. O seu processo consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas, podendo ou não depender de alguma informação proveniente da memória. 
    Esta atividade cognitiva ocorre graças aos órgãos dos sentidos que veiculam as informações obtidas. Primeiramente, os órgãos receptores detectam e recebem o estímulo, processo designado por sensação. De seguida, esse estímulo é traduzido em impulsos nervosos que são conduzidos ao cérebro, onde são processados. 
    Toda esta sequência tem início com a atenção, um processo de observação seletiva em que atuam diversos factores determinantes: os factores externos e os factores internos. 
    Por factores externos entendemos agentes que surgem exteriormente ao corpo, ou seja, estímulos que os órgãos dos sentidos identificam. Como exemplo, podemos considerar o movimento do estímulo, a sua intensidade, contraste e incongruência. 
    Os factores internos estão relacionados com o nosso ser e a nossa personalidade. Podemos tomar como exemplo a motivação para o estímulo, as experiências que tivemos anteriormente, o maior ou menor conhecimento e entendimento do estímulo, a natureza social e a expectativa, entre outros.
    À medida que adquirimos novas informações, a nossa percepção em relação a um determinado assunto vai-se alterando. Contudo, é de salientar que mesmo na ausência de alteração do estímulo, a sua interpretação poderá variar, por influência das experiências presenciadas pelo sujeito. 
    Assim, após a chegada da informação ao cérebro, vão-se estruturar e organizar continuamente as representações do mundo. É nele que se dá sentido ao que vemos, ouvimos e sentimos, dado que a informação proveniente dos órgãos sensoriais é processada no cérebro, estrutura do sistema nervoso na qual os estímulos ganham sentido e, por isso, significado. 
    No entanto, caso o cérebro ou os órgãos sensoriais não estejam em total equilíbrio com as características do meio ambiente, as percepções poderão não corresponder àquilo que efetivamente se observa, ouve e sente, daí a existência de percepções deficientes, alucinações ou ilusões dos sentidos.    
    Por vezes, poderá não existir qualquer percepção face ao estímulo. Esta situação ocorre quando o objecto percebido não tem qualquer base na realidade da pessoa em causa, pelo que ela poderá simplesmente não o perceber, acabando por o ignorar.


    Relação Percepção – memória – Consciência – Pensamento

    A percepção representa um processo cognitivo único. É distinto da memória, pois, enquanto esta está relacionada com acontecimentos passados, a percepção está diretamente relacionada com acontecimentos observáveis no momento presente.
     Também se considera a percepção diferente do pensamento e da consciência, visto que a percepção não remete para a subjetividade do ser humano. A percepção nasce a partir de um estímulo proveniente do exterior, contrariamente à consciência e ao pensamento que constituem processos mais íntimos e existem sem que haja um estímulo, pelo que apenas é necessário recorrer à memória.

Fonte: http://cerebro.weebly.com/percepccedilatildeo.html